terça-feira, 27 de abril de 2010

Passatempo Cocó na fralda - menções honrosas

A Rute Teixeira e a Sofia Arriaga foram as duas menções honrosas com estes belos poemas:

Sofia Arriaga:
Cocó na fralda tem piada
e até um certo encanto
se for do nosso rebento!
Olhamos com devoção e espanto
cheios de amor tanto tanto
pelo pequeno fedorento.

Por eles fazemos tudo
damos-lhes tudo a provar
- Agora só quer a Piri-Piri
com a sua roupa de encantar -

Por eles fazemos tudo
vamos até ao fim do mundo
lutamos com mil dragões
fazemos quadras pirosas
sem as mínimas aptidões.

E o que queremos em troca?
Apenas um abraço,
dois sorrisos.
Três carinhos.
E eles serão para sempre
os nossos meios palmos de gente,
os nossos miúdos fofinhos.

Rute Teixeira:
Certo dia solarengo
fomos os dois passear
para os lados de Campo de Ourique
onde ainda se consegue estacionar.
Assim que saímos do carro
não custou a adivinhar!...
pelo agreste aroma que senti
tinha um cocó na fralda para mudar.
E ali aquele passeio passou a demanda
para um fraldário encontrar!
Tantos miúdos fofinhos
iam por ali a passar
por momentos pensei:
"Não estamos nada a destoar!"
(modéstia à parte...)
PIRI-PIRI!!!!!
É o telemóvel a tocar?
Não! Nada disso! Era o miúdo a cantar.
Encontrámos uma loja catita,
com um nome a fazer par!
Vai daí entrámos para ver
eu de mansinho
ele a correr.
Saí de lá com vinte sacos
e uma fralda para incinerar.
O passeio foi engraçado.
o miúdo ficou empinocado.
E o pai dele, quando vir o estrago,
tira-me as chaves do carro
para em Campo de Ourique
eu não me voltar a "perder"!

terça-feira, 6 de abril de 2010

E hoje um louvor à miss imperfeita por Martha Medeiros, Jornalista e escritora

IMPERFEITA

(Texto na Revista do Jornal O Globo)

'Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação!
E, entre uma coisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.
Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás.
Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta entrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros..
Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.
Você não é Nossa Senhora.
Você é, humildemente, uma mulher.
E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correcta, não é topar qualquer projecto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.
Tempo para fazer nada.
Tempo para fazer tudo.
Tempo para dançar sozinha na sala.
Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.
Tempo para sumir dois dias com seu amor.
Três dias..
Cinco dias!
Tempo para uma massagem.
Tempo para ver a novela.
Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.
Tempo para fazer um trabalho voluntário.
Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.
Tempo para conhecer outras pessoas.
Voltar a estudar.
Para engravidar.
Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.
Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.
Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.
Existir, a que será que se destina?
Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.
A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.
Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.
Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!
Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.
Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C. Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.
E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'


Martha Medeiros - Jornalista e escritora

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A Piri-piri é notícia na Evasões



















A Piri-piri saiu na Evasões de Janeiro.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

sábado, 12 de dezembro de 2009

A Piri-piri é notícia na Time Out - Edição especial de Natal





















A Piri-piri saiu na Time Out Lisboa deste Natal. Os presentes mais originais das melhores lojas da cidade.

domingo, 6 de dezembro de 2009

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A Piri-piri é notícia na Dif















A Piri-piri saiu numa excelente produção da Dif! No lado esquerdo temos a Maria com o casaco roxo e no lado direito com as calças arco-íris Piri-piri.

Photo: João Bacelar Styling: Susana Jacobetty Hair: Yohann Peres - &SoWhat Makeup: Ana Gomes Models: Maria Jacobetty (L'Agence) e Nuno Lopes

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

segunda-feira, 29 de junho de 2009

As tão faladas birras

«Está quieto, não estragues isso». «Despacha-te, estamos à tua espera». «Quantas vezes é preciso repetir! Já te disse vinte vezes para lavares os dentes e ires para a cama!» Frases como estas sobem de tom e acabam, muitas vezes, com gritos e ameaças de castigos inconsequentes. O cenário faz parte do quotidiano de grande parte das famílias: «pais papagaio», que repetem até à exaustão as mesmas coisas, e filhos «surdos selectivos» que só ouvem o que lhes interessa. Mas tem mesmo que ser assim? Haverá alguma forma de tornar o quotidiano das famílias menos penoso? De diminuir os conflitos entre pais e filhos? De tornar as crianças mais responsáveis e participativas? E de evitar reacções impulsivas, desproporcionadas e violentas? «Todos os pais sentem dificuldades com os filhos, saber educar não é inato, todos cometem erros mas é possível, com a mudança de atitude e pequenas alterações, conseguir melhorias enormes no relacionamento», assegura a psicóloga Eva Delgado Martins.

«Grande parte dos problemas da adolescência tem a sua raíz na infância, a relação conflituosa estabelece-se nos primeiros anos e é preciso evitar que isso aconteça. Muitos pais sentem-se angustiados com a evolução dos filhos, não têm com quem partilhar dúvidas sem serem criticados ou julgados». Eva Delgado Martins, doutoranda em Educação Parental e docente do ISPA (Instituto de Psicologia Aplicada), nos últimos anos tem organizado «conversas com pais» em vários pontos do país para promover a reflexão conjunta e a partilha de experiências. «Ao contrário do que se pensa, a maioria dos pais quer ser ajudada, sobretudo hoje em dia, em que a família nuclear está demasiado só. É necessário prevenir e não esperar que os problemas se agudizem, levando a rupturas irreparáveis». Ainda antes de o bebé nascer e à medida que a criança vai crescendo, é importante que os pais dialoguem e estejam de acordo quanto à forma de educar, definindo as tarefas que vão repartir e os aspectos que consideram essenciais, para na pressão do momento conseguirem agir com coerência. «Muitos só se apercebem que nunca pararam para avaliar e combinar o modo de actuar em relação aos filhos quando chegam às sessões.»

COM REGRAS TODOS SE ENTENDEM

Se os pais tivessem um livro de reclamações, entre as queixas mais frequentes estariam as birras dos filhos, a sua incapacidade para aceitar ordens e a tendência crónica para a desarrumação e aversão às tarefas domésticas. «Só queríamos que ele fosse mais responsável, que não tivéssemos de repetir tudo...», dizem alguns pais. Outros desejam simplesmente poder dormir ou relaxar quando chegam a casa. «Para que tudo decorra com mais tranquilidade, há um princípio básico: é preciso estabelecer regras e fazê-las cumprir. Sem regras, sem limites, as crianças sentem-se inseguras, não sabem o que podem ou não fazer, vão continuamente pôr os pais à prova e experimentar até onde podem ir.» Se ficar instituído que, depois da brincadeira, têm de arrumar os brinquedos, as crianças acabam por interiorizar essa regra. O mesmo sucede em relação a arrumar os sapatos, colocar a roupa em cima da cadeira ou fazer a cama antes de saírem de casa. «Às vezes os filhos não participam mais porque não são incentivados nem sabem que isso é esperado deles.»

Fazer um simples mapa com as fotografias e as funções de cada um e afixá-lo num local bem visível (no quarto ou na cozinha) pode surtir grandes mudanças. «Se ficar assinalado no mapa que cumpriram as tarefas do dia, isso dá-lhes vontade de continuar a colaborar. Os pais podem até combinar uma recompensa se, no final do dia ou da semana, todos os objectivos previstos forem cumpridos.» Uma ida ao cinema ou a um passeio há muito desejado podem fazer a diferença. Desenhar uma carinha feliz quando se portam bem ou, pelo contrário, infeliz quando não correspondem ao combinado, tem um grande impacto nas crianças mais pequenas. Os horários podem também ficar definidos no mapa – como a hora de estar pronto para ir para a escola ou de ir para a cama. «Há uma grande dificuldade em fazer com que os filhos se deitem cedo mas é fundamental, não só para as crianças mas também para os pais que precisam de ter um tempo só para si». Vale a pena fazer um esforço e dedicar pelo menos dez minutos para ler uma história, conversar ou brincar com os filhos antes de irem para a cama. E quando o relógio marca a hora, toca a dormir, sem concessões.

REPREENDER DE FORMA JUSTA E EFICAZ


«Não comes, ficas sem ver televisão durante uma semana». «Não fizeste os trabalhos de casa, não há consola durante um mês...» Ameaças como estas são frequentes mas inconsequentes porque raramente são levadas até ao fim. «Os pais precisam de aprender a dar castigos, que não sejam demasiado longos e que estejam relacionados com o comportamento em causa. O que é que o almoço ou o jantar tem a ver com ver televisão? Nada», adverte a psicóloga Eva Delgado Martins. «A importância do castigo é mostrar que há consequências se as regras não forem cumpridas. Quando o castigo é impossível de ser cumprido, não vai ter efeito. A punição deve ter também uma relação directa com o acto em falta». É mais sensato e eficaz dizer: se não comes agora, só poderás comer à hora da próxima refeição; se não fizeste os trabalhos de casa, vais ter de os fazer agora a dobrar, os de ontem e os de hoje...

«E porque não perguntar à criança que castigo é que ela merece? Por vezes elas referem coisas que nós nem imaginamos que têm importância para elas.» Um erro comum é mandar a criança para o quarto de castigo. «O quarto não deve ser um lugar mau, se assim for, a criança evitará brincar ou dormir lá. É preferível sentá-la num banquinho no corredor para acalmar, até que ela verbalize o que fez de errado e peça desculpa», aconselha a psicóloga. Os pais devem evitar discordar à frente da criança quanto à forma de repreensão. «Mesmo que no momento não se concorde, mais vale calar e argumentar apenas quando o filho não estiver a ouvir». O consenso entre pai e mãe não é fácil, cada um tem origens diferentes, com costumes e modelos de educação distintos. Mas é preciso «educar em conjunto para dar segurança aos filhos». Sabendo que cada criança e cada situação são diferentes. O esforço das crianças precisa de ser valorizado. Cada conquista, merece um elogio.

AGREDIR NÃO RESOLVE NADA

Com o cansaço e as preocupações do dia-a-dia, muitos pais descontrolam-se e acabam por bater ou sujeitar a criança a agressões psicológicas, com sofrimentos evitáveis para ambas as partes. «Não prestas para nada», «não te quero ver mais à minha frente», «nasceste só para me dar trabalho...» Por vezes, no desespero do momento, diz-se e faz-se o que não se deve. «Quando isso acontece, os pais devem pedir desculpa e explicar que estavam irritados e preocupados com outros problemas que não tinham a ver com a criança. Devem assumir que erraram», afirma Eva Delgado Martins. «Na verdade o que os pais não gostam é de determinados comportamentos dos filhos e não dos próprios filhos. Isso deve ser dito.»

Condicionar o comportamento através do uso da força não tem qualquer valor. «Bater cria revolta e vontade de vingança, não faz com que o comportamento mude, a criança obedece por medo e não por interiorizar as regras». É preciso ajudar as crianças a avaliarem, por si mesmas, os limites do seu comportamento e a serem cada vez mais autónomas e isso não se consegue recorrendo à violência. «Os pais agressores são adultos inseguros, estão insatisfeitos consigo próprios, têm dificuldade em relacionar-se com os outros, usam a força como meio de interacção». E é esse o modelo que transmitem aos filhos, que crescem com baixa auto-estima e dificuldade de relacionamento. «Quando os pais deixam de bater em casa, os filhos deixam de bater na escola». Repreender é necessário mas deve ser, sempre, um acto construtivo. Nada justifica a violência.

Sugestões para os pais não perderem a cabeça:

De nada servem castigos excessivos. As consequências devem estar relacionadas com o comportamento, ser adequadas à idade e ter efeitos imediatos. Deixamos algumas dicas:

1. Se não quer comer sopa: come legumes como alternativa.

2. Se recusa o almoço: só voltará a comer na refeição seguinte.

3. Se não quer ir para a cama: vai para a cama, explicando-se as razões porque o deve fazer, não tem opção.

4. Se bate no irmão ou no amigo: explicar que quem bate não é capaz de convencer o outro das suas razões. Afastar a criança alguns minutos, para que reflicta e peça desculpa pelo comportamento.

5. Se recusa fazer os trabalhos de casa: prestar ajuda. Se continuar a recusar sem motivo, terá de os fazer a duplicar.

6. Se estragou ou perdeu algum objecto: diminuir a semanada ou retirar parte desse valor do mealheiro para substituir o objecto em causa.


Texto: Gabriela Oliveira
Pais & Filhos, 31 Maio 2009

domingo, 7 de junho de 2009

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Pronto para deixar a fralda











(continuação)

Berry Brazelton, o mais conceituado pediatra da actualidade, alerta os pais para a importância de esperar que a criança esteja pronta. O seu método centra-se na criança, ou seja, é ela que tem de ser a protagonista e não os pais. Na sua opinião, tal nunca deve acontecer antes dos dois anos de idade. Existem certamente crianças que conseguem deixar as fraldas com sucesso mais cedo, mas ao tentar-se mais cedo, com a generalidade das crianças, estamos a sujeitar muitas delas a um mal-estar psicológico não negligenciável: «Quando as crianças são pressionadas antes de estarem preparadas para serem bem-sucedidas, os insucessos resultam em problemas sérios como a retenção das fezes, a incontinência fecal ou a enurese nocturna» (A Criança e a Higiene, de T. Berry Brazelton e Joshua D. Sparrow, Presença).

O importante será então, na opinião de Brazelton, ter a certeza que a criança está preparada e permitir que esta seja uma conquista sua e não uma imposição dos pais. Para tal, é preciso esperar que surjam os primeiros sinais que revelam a maturidade necessária por parte da criança. Para ele, os mais importantes são: já não querer estar sempre de pé e a andar de um lado para o outro; a linguagem estar bastante desenvolvida; saber dizer Não; saber pôr as coisas no sítio certo; começar a imitar os pais e irmãos mais velhos; começar a manter-se seca durante uma ou duas horas; fazer cocó a horas certas; estar a conquistar a consciência do seu corpo.

Estes sete sinais eleitos por Brazelton como essenciais revelam que o controlo dos esfíncteres, ou seja, aprender a reter durante algum tempo o chichi e o cocó, é uma capacidade complexa e que está relacionada com uma série de outras aquisições. Deixar as fraldas depende de aspectos fisiológicos, mas também cognitivos, psicológicos e emocionais. Assim, deverá avaliar, separadamente, alguns parâmetros do desenvolvimento do seu filho, para perceber se ele estará pronto para mais este grande passo.

ASPECTOS FISIOLÓGICOS E DE MOTRICIDADE

Os músculos dos esfíncteres (genital e anal) têm de ter atingido maturidade suficiente de modo a permitirem que a criança «aguente» algum tempo entre sentir que tem vontade de ir à casa de banho e estar a postos para fazer chichi ou cocó. Essa maturidade muscular acontece, em média, algures entre os 12 e os 24 meses, segundo a Sociedade Americana de Pediatria.

Por volta dos 12 meses, a criança começa a reconhecer a sensação que precede a eliminação dos chichis e cocós. É possível observar como param antes de fazer, como se colocam por vezes em certas posições em que se sentem mais confortáveis. Nesta fase ainda não terão capacidade para “aguentar”, mas esse reconhecimento dos sinais que o nosso corpo dá é muito importante neste processo.

Mais tarde, os esfíncteres atingem a maturidade que permite à criança reter por algum tempo chichis e cocós. Este processo tem uma sequência: primeiro, a criança deixa de fazer cocó durante a noite, depois consegue controlar chichi e cocó durante o dia e, por fim, consegue deixar de fazer chichi também durante a noite.

O facto de a criança manter a fralda seca durante períodos cada vez maiores – algumas horas – e até de acordar por vezes da sesta sem ter feito chichi durante o sono são sinais de que, fisiologicamente, estará pronta para iniciar o processo de deixar as fraldas. Mais tarde, quando começar a acordar de manhã com a fralda seca, é o sinal de que já consegue também deixar de fazer chichi durante a noite. Após começar a andar, por volta dos 12 meses, a criança não pára. Quer estar sempre em pé, como diz Brazelton. Mas quer também correr e testar a sua nova habilidade e todos os seus limites. Só depois desta fase estará disponível para outras conquistas, ao nível da motricidade fina, conquistas essas que são importantes na hora de deixar as fraldas. A coordenação motora que lhe permite despir-se, tirar a sua fralda, baixar e levantar as cuecas é outro sinal de que está pronta para deixar as fraldas.

DESENVOLVIMENTO COGNITIVO E LINGUAGEM

A descoberta do corpo é fundamental para conseguir dispensar as fraldas. A criança começa a mostrar curiosidade sobre os seus órgãos genitais e outras partes do corpo, percebe as suas funções, nomeia-os, gosta de jogos que envolvam o seu corpo.

Estar pronta para o grande passo significa que ela tem de conseguir associar uma sensação que o corpo lhe envia a uma resposta apropriada e complexa pois é-lhe exigido várias coisas ao mesmo tempo: contrair os esfíncteres de forma a reter algum tempo o chichi ou cocó (assim que sente vontade de fazer), avisar um adulto que precisa de ir à casa de banho, ir até lá, esperar que a dispam e sentem na sanita ou bacio, e só então descontrair os músculos de forma a fazer chichi ou cocó onde é suposto. É preciso concentração!

O seu filho tem também de perceber tudo o que lhe diz e saber comunicar quando tem vontade. Só assim poderá entender todos os passos do processo. Aprender o vocabulário envolvido é um passo prévio que não deverá descurar.
Tal como andar ou falar, ir à casa de banho parece muito fácil para quem o fez toda a vida, mas não podemos esquecer que a experiência de toda a vida de uma criança de dois anos é fazer chichi e cocó na fralda. É não ter de se preocupar com isso nem ter de interromper nenhuma actividade para tratar desse assunto.

Aprender a controlar os esfíncteres e aceitar que terá de ir sempre, várias vezes por dia, ao bacio ou à sanita exige, portanto, maturidade a nível cognitivo e maturidade psicológica. É preciso que a criança tenha já capacidade de abstracção e pensamento simbólico, capacidade de resolver problemas e de memorizar.

ASPECTOS EMOCIONAIS E SOCIAIS

Auto-domínio e desejo de agradar aos pais são ingredientes não menos importantes em todo este processo. O desejo de fazer sozinho, de dominar certas actividades são bons indicadores de maturidade. Dizer «eu faço», «eu consigo», «eu sozinho» revelam que a criança está no bom caminho na conquista da independência e que se vai sentir orgulhosa por conseguir ultrapassar com sucesso mais esta importante etapa do seu desenvolvimento.

É claro que esta é também a «idade do Não», ou seja, a criança está a afirmar-se enquanto dona e senhora da sua vontade, por oposição à vontade dos pais. Isso pode dificultar o processo de deixar as fraldas, pois se a criança percebe que os pais fazem muita questão pode marcar a sua posição recusando-se a colaborar. Fazer fora do sítio só pelo prazer de contrariar é sempre uma opção «divertida». Se o seu filho está no auge desta fase, o melhor é esperar que passe. Largar as fraldas não pode ser mais um ponto de discórdia, mas sim uma conquista positiva.

A consciência social é também um ponto prévio importante. Ou seja, a vontade de fazer como os outros e de ser crescido. É por isso que crianças com irmãos mais velhos têm tendência a deixar as fraldas mais cedo. Tal como é mais fácil uma criança cooperar quando está na creche e distrair-se quando está em casa.

O temperamento da criança também interfere nesta questão. Uma criança demasiado sensível ao toque pode demorar mais algum tempo até estar disposta a sentar-se, sem fralda, numa superfície fria. Uma criança demasiado activa pode ter dificuldade em estar sentada quieta no bacio. Neste caso, pode ser útil a brincadeira de pôr primeiro o boneco preferido a fazer, baixar e levantar as cuecas dele.

NA CRECHE


Quando as crianças passam o dia na creche, é óbvio que a educadora se torna fundamental na altura de deixar as fraldas. A escola e os pais têm de estar em sintonia, no mesmo momento. Ainda no livro “A Criança e a Higiene”, Brazelton alerta para a importância desta sintonia: «Qualquer inconsistência provoca confusão na criança. (…) É essencial que conversem sobre os passos a dar para alcançar o sucesso da criança nesta fase».

É o que procura fazer-se na Casa da Árvore, escola onde Rita Simão é educadora de infância: «Esperamos que sejam os pais a tomar a iniciativa, que sejam eles a vir ter connosco quando consideram que a criança está preparada. Mas hoje em dia, isso quase nunca acontece. Os pais quase nunca o fazem. Acabamos por ser nós a falar com eles, a dizer que nos parece que é boa altura, que a criança está preparada. Se os pais continuam a não estar para aí virados, porque ainda acham cedo ou porque não têm muita disponibilidade naquela altura, adiamos mais um pouco. Porque neste processo todos têm de estar em sintonia: a criança, os pais, a escola.»

A tendência actual é para que as crianças deixem de usar fraldas cada vez mais tarde. Rita trabalha há 13 anos com crianças com idades entre os 12 meses e os três anos e afirma que, quando começou, as crianças não usavam fralda até tão tarde: «Sabemos que aos dois anos, em média estão preparadas para este passo, as meninas até um pouco mais cedo. Mas hoje adia-se muito para além disso, penso que devido à falta de disponibilidade dos pais. Este é um processo que exige tempo e paciência, coisas que os pais têm cada vez menos. Nota-se um ritmo cada vez mais alucinado na vida familiar. Isso condiciona muito as crianças».

Da sua vasta experiência, Rita deixa alguns conselhos aos pais que estão a iniciar esta aventura:
. que tenham muita paciência
. que não ponham fralda à criança no fim de semana só porque é mais cómodo. No caso de terem de sair de casa, usem as «fraldas-cueca», para prevenir acidentes no carro, mas continuem a levar a criança à casa de banho com frequência e a lembrá-la que deve pedir para fazer chichi e cocó. Nunca dizer «faz na fralda!»
. que «acertem agulhas» em caso de divórcio. Haver regras diferentes em casa da mãe e do pai dificulta o processo e baralha muito as crianças.
. que mostrem muita satisfação de cada vez que a criança pede para fazer chichi ou cocó e faz no bacio ou na sanita. Valorizá-la e felicitá-la por uma conquista que é sua.
. que nunca repreendam a criança por uma distracção. Estar preparado para a ocorrência de «acidentes». Estes fazem parte do processo. Repreensões e humilhações podem fazer com que a criança se recuse a colaborar e deixe de querer andar sem fralda.
. que nunca forcem uma criança a estar sentada no bacio. Se a criança parece preparada, mas depois o processo se torna muito complicado, se ela se recusa, se faz constantemente chichi no chão adiar por algum tempo nova tentativa.
. que não caiam na tentação de fazer comparações com outras crianças. Cada criança é única. .

O seu filho está pronto?

Procure os seguintes sinais antes de tentar tirar-lhe as fraldas:
Ao nível do desenvolvimento fisiológico e motor
* a criança demonstra estar consciente das suas necessidades, antes de fazer: agachando-se, escondendo-se
* já não faz cocó durante a noite
* mantém-se com a fralda seca durante longos períodos, talvez até durante a sesta
* faz uma grande quantidade de chichi (menos vezes) e não pouquinho de cada vez (e muitas vezes)
* adopta hábitos regulares para fazer cocó
* consegue despir-se sozinho, baixar as calças, tirar a fralda, baixar e subir as cuecas
Ao nível do desenvolvimento cognitivo e linguagem
* domina o vocabulário envolvido no processo de deixar as fraldas (depende de cada família encontrar as palavras mais confortáveis para o efeito)
* a criança compreende instruções complexas, que envolvem várias fases (vai ao teu quarto buscar o livro do ruca e põe-o no saco, por exemplo).
* a criança gosta de imitar o comportamento dos mais velhos e repetir aquilo que dizem
A nível emocional e social
* demonstra desejo de agradar aos pais
* revela auto-domínio
* quer ser como os outros, faz tudo o que fazem as crianças mais velhas, para ser crescido e se sentir integrado

Texto de Ana Esteves, Pais & Filhos

domingo, 26 de abril de 2009

Merenda Piri-piri XIII

















Crepes

125 g de farinha
1 pitada de sal
1 chávena de leite
2 ovos
2 colheres de óleo

Num copo misturador junte a farinha com o sal, o leite, os ovos e cerca de 2 colheres de sopa de óleo e misture-os. Ponha a aquecer uma frigideira anti-aderente com um bocadinho de óleo e passe com um guardanapo de papel de forma a unttar toda a frigideira e retirar o excesso. Deite a massa com uma concha pequena na frigideira e rode-a de modo a que a massa cubra o fundo numa fina camada. Quando o crepe estiver cozinhado de um dos lados, volte-o para cozinhar do outro. Sirva quentes, polvilhados com açúcar e canela, com doce ou mel, recheados com frutas, fiambre, queijo ou com gelado e, quando doces, regados com um molho de chocolate quente (chocolate culinário derretido com um pouco de leite e manteiga). Enfim, mil e uma maneiras de comer uns crepes quentinhos.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Chegou o sack'n seat

Chegou a cadeirinha que vai consigo para todo o lado.

O sack'n seat é rápido e fácil de usar

Basta tirar do saco e transformá-lo num assento


sack'n seat sack'n seat sack'n seat

sack'n seat sack'n seat sack'n seat


1. Retire o Sack’n seat da bolsa e introduza-a nas costas da cadeira.
2. Ate a fita preta por baixo da cadeira.


3. Ponha o bebé na cadeira e puxe o sack'n seat para cima entre as pernas do bebé.



4. Ate a fita por baixo dos braços do bebé na parte posterior da cadeira passado primeiro pelos orifícios laterais de segurança



5. Ajuste afita ao bebé e certifique-se que está bem apertada.



6. E bom apetite!



Sack'n seat sack'n seat sack'n seat sack'n seat

Disponível na Piri-piri em vermelho, azul e rosa. Preço: 24,00 euros.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Cinemateca Júnior - programação de dia 18 de Abril

























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terça-feira, 24 de março de 2009

A Piri-piri na Time Out Lisboa























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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Para os mais novos na Gulbenkian























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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Slings de ganga e argolas



















Os slings da Bebéboom estão na Piri-piri. São lindos, 100% made in Portugal, concebidos com tecidos de qualidade, laváveis à máquina e geralmente com um interior 100% de algodão. Uma presilha permite prender a chupeta e o seu bolso oferece lugar para uma fralda, por exemplo, ou, dobrando-se todo o sling, ele fica guardado no próprio bolso.
O exterior, é geralmente de ganga para ser prático e resistente. Os de ganga são 55, 00 euros e os de argolas 72,00 euros.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Curso de Homeopatia-em-casa: Gravidez e Parto



















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sexta-feira, 14 de novembro de 2008

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Lipfish - um mundo animal























Esta colecção dos animais é linda!

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

A Piri-piri na Time Out Miúdos




































A Piri-piri saiu neste maravilhoso guia da Time Out. São 101 coisas para fazer com os seus filhos. Programas não vão faltar tão cedo.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

As poções secretas da Professora Parassalsa















A Professora Parassalsa é a maior cientista do mundo. O seu laboratório é um sítio maravilhoso, cheio de máquinas estranhas que silvam e chiam. Também lá há um cofre que diz: ULTRA-SECRETO. Neste cofre estão as suas poções secretas, que podem tornar reais os desejos mais loucos. Um dia, ela sai e deixa no laboratório o seu ajudante, Celso, juntamente com Barnabé, a cobaia. Eis a oportunidade que o Celso esperava, para roubar as poções. Mas, primeiro, tem de as experimentar no Barnabé. Funcionarão? O que acontecerá ao Barnabé? E o que acontecerá ao Celso?

A Piri-piri na revista Moda Criança

































(para ver melhor, é só carregar nas imagens)

A Piri-piri é notícia na revista semestral Moda Criança.

sábado, 23 de agosto de 2008

A Piri-piri é notícia na Flair
























A Piri-piri é aconselhada por esta revista belga e holandesa como loja a não perder quando se visita Lisboa.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Lista de férias

Bagagem de mão

Conforme seja para Portugal ou Estrangeiro há que adaptar:

Bis/ passaportes
Bilhetes
Dinheiro/cartão de crédito
Carta de condução
Itinerário
Máquina Fotográfica/Câmara/Bateria
Telemóvel
Medicamentos – atenção às limitações dos líquidos para viagens aéreas
Casacos para viagem
Livros/revistas
Óculos escuros

Bagagem principal

Roupas e calçado em geral
Roupa interior
Roupa de noite/chinelos
Artigos de toilette – atenção às limitações dos líquidos para viagens aéreas
Roupa de banho/protector solar/toalha/chapéu

Viajar com crianças

Conforme a idade das crianças há que adaptar

Bagagem de mão

Livros de actividades
Casacos para viagem
Alimentação para a viagem em si – dependendendo do caso: biberões/papa/fruta/água/bolachas
Babete
Uma muda de roupa – porque com eles nunca se sabe o que pode acontecer!
Brinquedo favorito
Chucha
Fraldas
Toalhitas
Creme barreira
Mantinha – se achar necessário

Bagagem principal

Malinha de medicamentos infantis – ben-u-ron, betadine, termómetro, soro fisiológico, etc
Roupa de banho/protector solar/toalha/chapéu
+ Fraldas
+ Toalhitas
Biberões
Várias mudas de roupa/calçado
Roupa interior
Roupa de noite/chinelos

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Novo! Lista de bebé
















Por que quando nasce um filhote recebemos presentes repetidos e alguns dos quais nem gostamos tanto, a Piri-piri acaba de lançar uma lista de bebé ou lista de nascimento. Agora é possível dizer na Piri-piri o que deseja para quando o seu bebé nascer. Do sling ao babete, passando pelo babygrow, aquele casaquinho que lhe faltava, muda-fraldas, mochila ou meias, tudo é possível reservar na Piri-piri. E se a pessoa que oferece quiser, até lhe enviamos as imagens dos artigos por mail podendo escolher à distância.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Slings da Peanut Shell na Piri-piri














































São lindos os slings da Peanut Shell e estão à sua disposição na Piri-piri.
Fantásticos para levar o seu bebé de um lado para o outro, deixando-lhe as mãos livres para uma mãozinha extra de um irmão ou sacos. Óptimo para oferecer a uma mãe que acaba de ter bebé, pois além de ser um presente para o bebé - como é costume - é também um presente para a mãe (que também merece e bem). sling, sling, sling sling sling, sling sling sling